É irónico que quando olho para trás, para tudo o que aconteceu entre nós, a forma como te comportaste comigo e como agi contigo, tu nada tens a ver comigo. Das infinitas listagens de características que fazia quando era adolescente, das qualidades que procurava num namorado, tu não tens grande parte delas.
Sempre idealizei alguém com: _ alguma (ou muita) inteligência, sendo capaz de conversar e ter opinião sobre os mais distintos assuntos
_ uma excelente personalidade, cativante e que me mantivesse sempre interessada
_ enorme sentido de humor
_ um sorriso de me fazer tremer e que contagiasse qualquer um, até a pessoa mais sisuda.
Mas o mais importante é que me amasse tal como sou, sem sentir medo de arriscar ou vergonha de estar comigo. Para além de que agradecia que não fosse nada complicado nem tivesse humores voláteis. Em suma, alguém que desse segurança.
Pois bem, tu és complicado, és rabugento, és confuso, és inconstante e, principalmente, não dás segurança. Tu mesmo o confirmaste no momento que disseste “Só sei que quero as coisas no momento que as perco ou que estou prestes a perder.”
Mas mesmo assim, não sais do meu pensamento, mas pior ainda, não sais do meu coração.
Simplesmente, és Perfeito na tua Imperfeição… Por mais que me sinta magoada, que dês comigo em maluca com as tuas neuroses e dúvidas, és tu que me fazes sorrir até nos piores momentos, que me fazes sentir preenchida e cheia de amor para partilhar.
Sabes… por mais que tente esquecer-te, viver sem ti, seguir em frente, sem ti, parece impossível… Parece que estás impregnado em mim, em tudo o que vejo, em tudo o que sinto, em cada esquina, em cada sorriso, em cada olhar, em cada lágrima…
Dou por mim a pensar em todos aqueles momentos que estávamos rodeados por uma imensa multidão, mas era como se fossemos um só, em que bastava um olhar e sabíamos exactamente o que o outro estava a pensar e/ou sentir…
Naqueles momentos em que partilhámos pensamentos, sentimentos, histórias privadas, desconhecidas até para as pessoas mais próximas de nós, até para os nossos melhores amigos. Nesses momentos, sentia que erámos melhores amigos, namorados, amantes. E esse sentimento era incrível, único, impossível de ser explicado e descrito. Talvez, impossível de voltar a ser revivido…
Mas… será que foi tudo imaginação?
Todas as noites revejo os nossos pequenos momentos, nas nossas “pequenas histórias de amor” numa tentativa de tentar perceber onde erramos, o que poderíamos ter feito de diferente ou o que EU poderia ter feito de diferente para evitar que chegasse a este ponto, em que somos meros desconhecidos. Em que passas por mim na rua e viras ou baixas a cabeça na esperança que não te veja ou não te dirija a palavra.
Tenho uma teoria para tudo isto, ou serei muito burra ou então não é suposto esquecer-te…
Será que acredito mesmo que é o destino que nos manter unidos, ou apenas tenho medo de voltar a amar, de voltar de novo a todo um ritual de enamoramento? Apenas tenho certeza de um aspecto, ainda permaneço sozinha, todos os que se aproximam ou mostram interesse não são levados a sério, não dou qualquer hipótese e, assim, permaneço isolada, entregue a mim e aos meus pensamentos.
Foi contigo que conheci as palavras Amor e Esperança…
05-03-2013 (By KekoaTan)